terça-feira, 31 de maio de 2022

Proposta de tradução do poema "Drinking while driving", Raymond Carver

1.ª versão


 Beber ao volante


É agosto e não

leio um livro há seis meses 

a não ser algo chamado A Retirada de Moscovo

de Caulaincourt

Ainda assim, estou feliz

A andar de carro com o meu irmão

e a beber um frasco de Old Crow

Não temos um sítio certo para onde ir,

estamos só a conduzir.

Se fechasse os olhos por um momento 

ficaria perdido, ainda assim

poderia deitar-me de bom grado e dormir para sempre

na beira desta estrada

O meu irmão sacode-me.

A qualquer momento, algo vai acontecer.


2.ª versão


Beber ao volante


É agosto e não

leio um livro há seis meses 

a não ser algo como A Retirada de Moscovo

de Caulaincourt

Ainda assim, estou feliz

A andar num carro com o meu irmão

e a beber um frasco de Old Crow

Não sabemos para onde vamos ao certo,

estamos só a conduzir.

Se fechasse os olhos por um momento 

ficaria perdido, ainda assim

poderia deitar-me com prazer e dormir para sempre

na beira desta estrada

O meu irmão toca-me.

A qualquer momento, algo vai acontecer.


2.ª versão


Beber ao volante


É agosto e não

leio um livro há seis meses 

a não ser uma coisa chamada A Retirada de Moscovo

de Caulaincourt

Ainda assim, estou feliz

A andar num carro com o meu irmão

e a beber um frasco de Old Crow

Não sabemos bem para onde vamos,

estamos só a andar.

Se fechasse os olhos por um momento 

ficaria perdido, ainda assim

poderia deitar-me com prazer e dormir para sempre

na beira desta estrada

O meu irmão sacode-me.

A qualquer momento, algo vai acontecer.


Carolina Lopes


domingo, 29 de maio de 2022

Proposta de tradução do poema "Drinking while driving", Raymond Carver

Bebendo enquanto conduzimos


É agosto e não

leio um livro há seis meses

exceto algo chamado A Retirada de Moscovo

de Caulaincourt

Mesmo assim, estou feliz

a andar de carro com o meu irmão

e a beber de uma garrafa de Old Crow.

Não temos nenhum sítio em mente para onde ir, 

estamos apenas a conduzir.

Se fechasse os olhos por um minuto 

estaria perdido, contudo

poderia deitar-me com prazer e dormir para sempre

junto a esta estrada

O meu irmão dá-me com o cotovelo.

A qualquer momento, algo vai acontecer.


(Patrícia Fernandes)

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Tradução de Drinking While Driving - Raymond Carver

Beber e Conduzir

Tradução de Olavo Rodrigues

É agosto e não

leio um livro há seis meses

exceto algo chamado A Retirada de Moscovo

de Caulaincourt

Ainda assim, estou feliz

A andar de carro com o meu irmão

E a beber um frasco de Old Crow

Não planeamos ir a lugar nenhum

Estamos só a viajar

Se fechasse os olhos por um minuto

Perder-me-ia; porém,

Com gosto me deitaria e dormiria para sempre

à beira desta estrada

O meu irmão acotovelou-me

A qualquer momento, algo pode acontecer.

Proposta de Tradução do poema "Drinking while Driving" - Raymond Carver

 

Beber Enquanto se Conduz 

É Agosto e eu não
Li um livro em seis meses 
exceto qualquer coisa chamada A Retirada de Moscovo
De Caulaincourt
Contudo, estou feliz
A andar de carro com o meu irmão
e a beber uma garrafa de Old Crow.
Nós não temos nenhum lugar em mente para ir,
estamos a penas a conduzir.
Se eu fechasse olhos por um minuto
Estaria perdido, ainda assim
Poderia deitar-me à vontade e dormir para sempre
junto desta estrada.
O meu irmão toca-me levemente
A qualquer momento, algo vai acontecer. 


Margarida Ourique

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Proposta de Tradução do Poema "Drinking While Driving" de Raymond Carver

Beber a Conduzir

É agosto e eu não
Leio um único livro há seis meses
Exceto algo intitulado A Evasão de Moscovo
De Caulaincourt
Contudo, estou feliz
A andar num carro com o meu irmão
E a beber de uma garrafa de Old Crow.
Não temos nenhum local em mente para onde ir
Estamos apenas a conduzir.
Se eu fechasse os meus olhos por um minuto
Estaria perdido, porém
Poderia deitar-me de bom grado e dormir para sempre
Junto desta estrada.
O meu irmão dá-me uma cotovelada
A qualquer momento, algo pode acontecer. 

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Sumário da aula de ontem 11 maio

0. Nem de propósito, o editor Rui Couceiro (que começou na Comunicação) vai publicar o seu primeiro romance. Não sei se é bom ou mau. Sei que vai ter atenção - em parte merecida, em parte porque ele é bastante apreciado pelos parceiros do mercado e, ao longo de anos, o Rui soube criar uma rede de networking.
1. Trabalhar 24 horas - mas, se gostarmos, ainda é trabalho? 

2. Treinar o foco naquilo para que temos jeito. Como o fazer? O método que proponho é contraditório: 1) percebendo qual o nosso caminho, ao reconhecer que há coisas para as quais não temos jeito; 2) não desistindo à primeira, pode parecer apenas que não temos jeito. 

3. A palavra 'corrupção' é boa para encher peitos, mas a área cultural é, por definição, uma área não objectiva. Querem objectividade? Mudem-se para o fisco ou para a construção civil. A área cultural é uma área humana: vive de gostos, simpatias, competências difusas e uma área onde a qualidade pode virar defeito e o defeito virar qualidade (o livreiro mais famoso da FNAC Marselha durante vinte anos era um homem preguiçoso, feio e antipático). 
3.1. A história de «Maria», de quem toda a gente gostava, e do estranho com um brilhante CV. 
3.2. A história do director cultural da câmara de Lisboa e do suposto plágio que - final feliz - não deu em nada e Carlos Moedas manteve a confiança. 
3.3. A história do CV empolado do nº dois de Rui Rio, que ia fazer tudo com rigor & seriedade. 
3.4. A história do reitor de Jorge Luis Borges. Contei a história em aula, nem de propósito chama-se «El Soborno», El Libro de Arena
3.5. Corrupção grave é quando ela impede a empresa de funcionar. Vi muitos casos desses. Mas também vi casos em que quem já tem o pé na porta (por amizades ou família) tinha aproveitado bem as vantagens do berço e tinha talento real. 
3.6. A história do Chega, onde ainda há dias o pai teve de se demitir porque a filha é deputada. 




 4. Quando ser criativo, copiar, pastichar, imitar? Há áreas da edição onde não é preciso inventar a roda. Outras há em que convém. 5. Ana Hatherly vingou-se de quem era injusto com ela inserindo as críticas que lhe fizeram há 50 anos numa antologia sua (fez isso, entre outros, a Nelson de Matos, que viria a ser nos anos 90 o mais poderoso editor português, à frente da Dom Quixote criada por Snu Abecasis. 

 6. Meter o pé na porta Vs. Cedermos em demasia. Como calibrar? Duas histórias efificantes:
6.1. Nuno Artur Silva. Inteligente, humorado, disponível, foi para professor de liceu. Na escola, interessara-se por coisas que já haviam – poesia, BD, teatro – e outras que por cá escasseavam. Descobriu quase sem querer que tinha um super-poder: era afável e tinha paciência para os outros. Era, sem o saber, o que hoje tem termo técnico: um criador de sinergias. Nos anos 90, o surgimento da concorrência televisiva estimulou a necessidade de escritores jovens para TV. Nas gerações anteriores, havia um fosso. Nuno Artur criou a primeira guilda de escritores e guionistas em Portugal. Conseguiu um espaço cedido/alugado a módico preço, uniu gente que sem ele não se daria. As Produções Fictícias (um titulo tipicamente Nuno) foram como um rio africano, um oásis onde todos iam beber.
6.2. Jorge Barreto Xavier. No CCB, ainda nos anos 80, Maria Elisa perguntou-lhe que curso era esse de “Gestão de Artes”. Conheci o Jorge devia ele ter uns 23 anos, e já usava casaco e gravata. Ao contrário do Nuno Artur, creio que desde cedo foi focado e savia o que queria. 

7. Chamamos quem? 
7.1. Quem nos merece confiança. Por vezes é preguiça moral, outras pode ser uma boa prática. Porque as novas pessoas são uma incógnita. 
7.2. Quem nos parece prometedor. (Como aos 23 anos, graças à má fama de ter organizar zado um evento provocatório, em 1985 fui parar à pré-campanha da católica Maria de Lurdes Pintassilgo, com Emídio Rangel – mais tarde primeiro director da SIC – e Helena Sanches Osório, que se tornou a figura sénior (a adulta na sala) em O Independente, cujos primeiros directores eram miúdos com lata e ambição mas inexperientes, Miguel Esteves Cardoso e Paulo Portas.)

 8. O triângulo essencial para sermos bons: 1) conhecer os maiores, dominar o cânone da área; 2) praticar regularmente; 3) estar a par do State of the Art, as novidades, os nossos pares da actualidade. 
 8.1. Esta é, creio, a vossa vantagem: obviamente partem com atraso em relação aos pontos 1 e 2, mas podem compensar com o 3. 8.2. Caso: nas grandes editoras, foram os jovens estagiários que estabeleceram a ligação às redes sociais. 8.3. Todos os exercícios e trabalhos podem (e devem) ser desenvolvidos em vosso interesse. Fico feliz que alguém tenha continuado o exercício do livro infantil, por exemplo. 

9. Maio, mês dos festivais. Mesmo em pré-reforma, eu próprio me vejo neste mês envolvido em quatro, com os fins-de-semana todos preenchidos. 

10. Informação: a Masterclass 3, com João Morales, será já na próxima quarta 18.

Lançamento Luís Carmelo, 40 anos de vida literária

 

O Luís Carmelo foi meu professor de Semiótica, mas também dá aulas de escrita criativa na Universidade Autónoma.

Na quinta-feira, dia 26 de Maio, ele lançará às 18h00, no Teatro A Barraca (Santos, Lisboa), três volumes que comemoram os seus 40 anos de vida literária: ‘Visão Aproximada’ (uma narrativa biográfica), ‘Respiração Pensada’ (ensaio que tenta responder à pergunta: o que é contar uma vida?) e ‘Biografia do Mundo’ (uma compacta historiografia do mundo em dez cantos poéticos).

Depois da aula de ontem em que o professor falou sobre estarmos presentes em lançamentos, achei que devia divulgar este e aproveitar para indicar o livro Genealogias da Cultura, do autor, que adorei e achei muito relevante.

https://luiscarmelo.net/post/682781772017205249/na-quinta-feira-dia-26-de-maio-ter%C3%A1-lugar-%C3%A0s


quarta-feira, 11 de maio de 2022

Frase para livro - O Tatuador de Auschwitz

 Livro - O Tatuador de Auschwitz

Autora - Heather Morris


Proposta 1 - Uma história de amor abraçada pela morte

Proposta 2 - Como a amizade e o amor derrotaram um dos períodos mais horrendos da História


(Patrícia Fernandes)



segunda-feira, 9 de maio de 2022

Livro infantil

 Como alguns já têm meio caminho andado...


Recebi há minutos o mail abaixo. Como já têm  meio caminho andado, o que custa tentar? ---------- Forwarded message --------- De: Editora Trinta-por-uma-linha Date: segunda, 9/05/2022, 12:13 Subject: Aceitas um desafio? To: Olá, Tens o desejo de escrever um livro mas NUNCA TE DECIDISTE verdadeiramente a isso? Queres escrever para crianças, mas não sabes POR ONDE nem COMO começar? A escrita é uma paixão que queres partilhar com o mundo, mas não te sentes PREPARADO/A para o fazer? Sentes-te capaz de escrever de modo regular e continuado para crianças e jovens! Conheces as principais características da escrita de literatura infantojuvenil? Se respondeste sim a alguma destas questões, então eu tenho um convite muito especial para te juntares ao Desafio: Como escrever um conto infantojuvenil em 15 dias? Este desafio vai mudar a tua escrita e o teu mindset! Ok, o Desafio vai funcionar da seguinte maneira... Fazes um investimento de 7€ para te juntares. Isto ajuda a cobrir os custos que temos com este desafio. Em troca deste pequeno investimento de 7€, irás receber o seguinte: 14 dias Passo-a-Passo com João Manuel Ribeito: Em cada dia irás ter lições em vídeo e um trabalho para fazeres. 7 Dias de Implementação. Terminado o desafio vais ter 7 dias para rever e reescrever o teu conto, tendo acesso a 2 lives com João Manuel Ribeiro para tirar dúvidas. BÓNUS: Acesso exclusivo a vídeos explicativos complementares BÓNUS: Acesso a PDFs com infograficos e esquemas comolemtatrd de conteúdo. Se realmente queres ter a tua história infantojuvenil pronta a enviar para uma editora, então esta é a oportunidade que te estamos a dar de o fazer… São 14 Dias, a iniciar no próximo dia 17 e a terminar a 30 de maio. Aceitas o Desafio? INCREVE-TE AQUI! Precisas de mais informação antes de tomares a tua decisão? Durante 14 dias vais receber tudo o que necessitas para começar a escrever o teu conto infantojuvenil. Hoje, quando te juntares ao Desafio irás receber os acessos ao Portal onde as tuas missões diárias vão estar presentes. E para que realmente o teu compromisso seja forte, no final dos 14 dias terás mais 7 dias de acesso para terminares e depois todo o conteúdo desaparece. Se chegares ao fim e implementares todo o desafio - e tiveres a tua história infantojuvenil escrita -, terás a possibilidade de submeter a CONCURSO. Avaliaremos as histórias recebidas e publicaremos um LIVRO com as 5 a 7 melhores. O que acontece depois de te inscreveres? Depois de efetuares o pagamento, receberás a confirmação da inscrição por e-mail com as informações necessárias. ATENÇÃO: O desafio inicia-se no dia 17 do mês de maio, mas podes aceder já ao Portal onde serão disponibilizados todos os passos a seguir. Tens de criar a tua password de acesso. O DESAFIO não é para todos! Se ao ver diariamente o desafio pensares "Isto é espetacular!", mas... não fizeres rigorosamente nada… então este desafio não é para ti. Ou se porventura entenderes que já sabes tudo e nada terás a aprender.. então este desafio não é para ti. Mas… Se estás disposto a arregaçar as mangas e colocar o teu empenho diário durante 14 dias… Se estás disposto a ser guiado por João Manuel Ribeiro e a seres PUXADO por ele na direção correta... Então, aceita o desafio e escreve, de uma vez por todas, o teu conto infantojuvenil. INSCREVE-TE AQUI! Espero ver-te no Desafio! Abraço grande João Manuel Ribeiro Editora Trinta-por-uma-linha Porto I Portugal Estamos em todo o lado! https://linktr.ee/trintaporumalinha

domingo, 8 de maio de 2022

Frase para a capa de um livro

 Mrs. Dalloway - Virginia Woolf


"Um mergulho profundo na mente de Londres no pós-guerra, à medida que Mrs. Dalloway prepara uma grande festa." 


Gonçalo Dias

sexta-feira, 6 de maio de 2022

É ou Não É - Debate sobre o Índice de Leitura dos Portugueses

 Colegas e professor,


Partilho aqui o link para o debate que foi mencionado na masterclass da Madalena Escourido. Partilhei no nosso grupo de WhatsApp, mas penso que nem todos lá estão, então deixo aqui também.


Para além de o nosso professor ser mencionado, acho de extrema importância ouvirmos aquilo que é dito, refletirmos e devemos tirar as nossas próprias conclusões, concordemos ou não com aquilo que é dito. Podem ouvir no site da RTP Play e também no Spotify (muito mais prático, se me perguntarem a mim).


Link: https://www.rtp.pt/play/p9816/e614872/e-ou-nao-e-o-grande-debate


Sara Caldeira

terça-feira, 3 de maio de 2022

Esta quarta, Masterclass 2 de 3

Sofia Madalena Escourido estará amanhã connosco para responder a questões sobre o seu trabalho quotidiano na Leya.

É a segunda masterclass da disciplina com pessoas de excelência que fazem mesmo aquilo que queremos um dia fazer.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Frase Publicitária a um Livro

 A Arte Subtil de Saber Dizer Que se Foda - Mark Manson


De Olavo Rodrigues


Versão I

Num estilo cru e cómico, Mark Manson revoluciona a forma como vemos e aplicamos os nossos valores.


Versão II

Com episódios da vida pessoal ou da de personalidades conhecidas, Mark Manson inova e vira o sentir humano do avesso.


Versão III

Todos temos um limite de preocupação e ansiedade, por isso, há que cagar e andar para algumas coisas. Mark Manson ensina a escolher prioridades num estilo cru e cómico que vai virar a sua perceção da vida do avesso. 


Versão IV

Mark Manson ensina a escolher prioridades num estilo cru e cómico que vai virar a sua perceção da vida do avesso. 


Versão V

Uma obra subversiva e inovadora sobre como aprender a dizer «que se foda» para uma melhor escolha de valores e prioridades.

Calinadas

« As pessoas divertem-se muito a descobrir erros nos jornais, por isso gostava de lembrar que os primeiros a ser dispensados, muito antes de...