7.6. A morte do artista
Olá a todos! Espero que se encontrem bem.
Decidi abordar o tópico “A morte do artista” pois trata-se de um tema que me interessa bastante e, por esse motivo, me inspirou algumas questões relativamente a como poderia este conceito relacionar-se com o mundo editorial. Quando primeiro passei pelo tópico 7.6, associei-o instintivamente ao conceito da morte do autor, desenvolvido na década de 60 por Roland Barthes, entre outros. Foi então com base nesta ideia que formulei esta pequeno texto.
Segundo esta teoria, a obra de um determinado autor deve ser analisada sem recorrer a qualquer tipo de paratexto. Ou seja, uma obra deve ser analisada e criticada por ela mesma, sem ser relacionada com o seu autor ou com a intenção que o próprio lhe conferiu. Isto originou então uma nova forma de olhar para um texto, pois até à data (e penso que ainda maioritariamente nos dias de hoje) as obras dos artistas eram estudadas em contexto com as suas circunstâncias e experiências de vida.
Esta é sem dúvida uma ideia romântica e de certo modo apelativa. No entanto, será realmente possível desassociar completamente um artista, neste caso um escritor, da sua obra? Na realidade em que habitamos acho difícil e passo a explicar porquê:
Ao longo desta última década, temos vindo a assistir a uma revolução nos meios de comunicação provocada pelo grande crescimento das redes socias. Consequentemente, os autores têm vindo cada vez mais a desempenhar um papel ativo na divulgação do próprio livro, em conjunto com a editora. Por esta razão, penso que nunca a relação entre um escritor e a sua audiência foi tão relevante, podendo mesmo, em alguns casos, determinar o sucesso de um livro no mercado.
Adicionalmente, tendo em conta que todos temos experiências de vida diversas (género, nacionalidade, interesses, etnia, idade, etc.), quem está a escrever, a sua experiência de vida e porque decidiram escrever o que escreveram importa cada vez mais aos leitores. Neste sentido, não será a morte do artista/autor um conceito de certo modo utópico?
Maria João
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