Vodka misturada com café. A cada manhã
Penduro o sinal na porta:
FORA PARA ALMOÇO
mas ninguém presta atenção; os meus amigos
olham para o sinal e
às vezes deixam pequenas notas,
ou então chamam - Vem cá para fora brincar,
Ray-mond.
Uma vez o meu filho, aquele sacana,
esgueirou-se e deixou-me um ovo colorido
e uma bengala.
Acho que bebeu um pouco da minha vodka.
E na semana passada a minha mulher apareceu cá
com uma lata de sopa de carne
e um pacote de lágrimas.
Ela bebeu um pouco da minha vodka, também, acho eu,
depois partiu apressadamente num carro estranho
com um homem que eu nunca tinha visto.
Eles não percebem; Eu estou bem,
mesmo bem onde estou, a partir de agora
eu estarei, estarei, estarei....
Eu tenciono levar todo o tempo deste mundo,
considerar tudo, até milagres,
contudo permanecer de guarda, sempre
mais cuidadoso, mais atento,
contra aqueles que podem pecar contra mim,
contra aqueles que roubariam vodka,
contra aqueles que me fariam mal.
Nota: a parte do texto a azul foi a traduzida em grupo na aula com Eduardo Fernandes, Olavo Rodrigues e Sara Caldeira; antes individualmente tinha posto, por exemplo, "desgraçado" em vez de "sacana"
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