Os Restos
Crepuscular Lídia de alma soprano
Frémito de céu, arisca alvorada
Uma mais tão só e desventurada
Fazendo-se ao horizonte o engano
Frémito de céu, arisca alvorada
Uma mais tão só e desventurada
Fazendo-se ao horizonte o engano
Vertendo no leito ilusão malhada
Dos idos trejeitos de Marciano
Tal moça aguçada lancina o dano
Em feito de fel rastro de passada
Se é (cl)amar a fundo travar má sorte
Cisma Marciano em dó vespertino
Gozando a lembrança do terno corte
Sondada epiderme de (ó)dor cimbalino
Tropeço lampejo de paixão desnorte
Desfaz-se Lídia em rumor de destino
Jéssica L. Pires
(Versão Final)
(A)mar a mártir
Crepúsculo em Lídia de alma soprano
Frémito de céu, fugida alvorada
Mais uma tão só e desventurada
Quebrando no horizonte o engano
Mais uma tão só e desventurada
Quebrando no horizonte o engano
Vertida no leito ilusão malhada
Dos idos trejeitos de Marciano
A alma resseca já findo um ano
Em quem faz do fel lugar de passagem
Em quem faz do fel lugar de passagem
(Pois se amar a fundo não trava a morte
Mais sacro o sadio credo matutino
Urde de lirismo o abandono à sorte)
Mais sacro o sadio credo matutino
Urde de lirismo o abandono à sorte)
Soldado epiderme de tom cimbalino
Sem conhecer onde firmava a sorte
Desfez sua Lídia em parco destino
(Uma das versões intermédias)
Lídia ida
Lídia-luz voz de soprano
Embebida de alvorada
Moça só, desventurada
Fez-se à noite no engano
Pele e alma couraçada
Partiu rumo a Marciano
A galope posto um ano
Febre e fogo na passada
Que o silêncio alcaçuz
Na palavra e no andar
Talha sombra em Lídia-luz
E não há como esperar
Quando o som da sua cruz
É sonata ao luar
(Versão inicial)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.