segunda-feira, 25 de abril de 2022

Soneto

Versão final


Quando vem de súbito aquela dor
já sabemos que é daquele grande mal,
o que tem um não sei quê de animal,
eco da memória que nos traz calor.

Vem dos confins da nossa alma, num clamor.
Materializa-se num ato carnal,
não tem mesmo nada de racional.
Vem sem nenhum aviso, cheio de fervor.

É aquele fogo que arde sem se ver,
um pulsar que jamais será esquecido,
um imparável vaivém de enlouquecer.

Será, para sempre, um bem achado,
algo que nunca vai desaparecer,
por mais que te sintas sempre perdido...

Versão intermédia

(a primeira foi apagada no próprio processo de reescrita)





Versão final manuscrita

(tem uma variante no penúltimo verso)

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